É quase impossível encontrar quem não goste de biscoitos. Além de ser saboroso e prático para comer em qualquer lugar, também é bastante acessível e versátil para complementar outros pratos. Mas, de onde surgiu essa receita? Hoje, vamos desvendar a história do biscoito!
História do biscoito
Acredita-se que tudo começou entre os povos antigos, no tempo em que se viviam em cavernas e se comia grãos crus com os próprios dentes. Eles tiveram a ideia de amassar os grãos entre duas pedras e misturavam a massa seca com água. Depois, secavam no fogo, transformando a mistura em uma pasta seca e dura.
Outro registro de refeições que remetiam ao biscoito é no Egito Antigo, onde se consumia bolachas secas adocicadas com mel. Não eram iguarias simplórias. Muito pelo contrário!
Esses biscoitos só eram consumidos pela casta nobre e já serviam como troca de gentileza, em presentes. Eram fabricados por escravos, que passavam a receita de geração para geração. Mas, sua produção profissional surgiu no século VII a.C. no Império Persa.
Posteriormente, o biscoito se tornaria uma base alimentar importante para os tripulantes das missões portuguesas em alto mar. Estima-se que cada tripulante consumia cerca de 428 gramas por dia.
Na época, era um pão de forma achatada, feito de farinha de trigo e cozido diversas vezes, para perder umidade e até que ficasse duro o bastante para “aguentar” as longas viagens. Também foi usado para alimentar soldados durante guerras. Chegou a ser chamado como “pão do mar” ou “pão namor” pelo padre Raphael Bluteau, em sua obra “Vocabulário português e latino”.
Já na Índia, os primeiros biscoitos tinham como base uma massa de “sagu”, substância farinácea extraída da parte central de algumas palmeiras. O principal benefício era a durabilidade, já que podia conservar-se por até vinte anos.
Percebe-se que, em cada cultura, o biscoito tinha características e objetivos próprios. A receita se tornou realmente popular apenas no século XVII, na Europa. Nesta época, surgiram novos métodos de fabricação, com a adição de coberturas, recheios, essências e, claro, chocolate.
Com tanto sabor e a possibilidade de ser um bem-vindo acompanhamento para o chá, o biscoito se tornou uma iguaria desejada e deu-se o início de sua industrialização.
Comercialização e industrialização do biscoito
O desejo da população europeia pelos biscoitos logo alertou os fabricantes sobre as possibilidades econômicas de sua comercialização. Mas, para se tornar um negócio viável, tiveram que considerar métodos para agilizar a produção e aumentar seu rendimento (em unidades).
Um dos países que se destacou neste sentido foi a Inglaterra, que fabricava tipos variados de biscoitos e bastante procurados. A exportação dos biscoitos ingleses começou para suas colônias e, em pouco tempo, chegou aos Estados Unidos. Logo, os norte-americanos também reconheceram o potencial do mercado e investiram no maquinário necessário para produzir os próprios biscoitos.
Com uma evolução acelerada – diante da rapidez com que os produtos americanos se tornaram fonte de renda – o nome inglês “biscuit” foi substituído por “cookies”. A partir daí, os biscoitos foram multiplicados pelo mundo, em mais de 200 tipos entre doces e salgados, em uma indústria que prima por um processo sofisticado de produção.
Hoje, o que começou de forma rudimentar entre os povos antigos e já foi trabalho escravo, se tornou um dos pilares mais importantes do complexo industrial de alimentação.
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